19 agosto 2013

Por baixo da pele



E quando o silêncio interno rebate em minhas pálpebras,
Me pergunto, ‘onde está você quando não posso te sentir?’.
Onde está você quando te perco dentro de mim?
Quando pensamentos em grandes correntes fluem em minha mente, em meu sangue , em toda minha alma, perdendo você em algum lugar por baixo da pele... por dentro de mim.
Talvez você esteja ali, bem ali, onde bate ritmos contínuos que nos mantem vivos.
Ou quem sabe, outro lugar... Talvez você tenha se deixado em minha boca, quando entres beijos te amando, teu gosto permaneceu em mim.
Mas onde está você quando perdido dentro de mim, transbordando em mim, aqui não está?
Ah ,a verdade, na espera se encontra.
Enquanto isso recebo visitas matinas de sintomas de saudades.

 Mas meu bem, onde está você quando não posso te sentir?

- TH.Machuca

21 junho 2013



Não, não foi a primeira vista não.
Não, não imaginava que seria assim.
Primeiro eu tive que amar ser amiga dele, pra depois descobrir que  amava SER dele!

E que amava tanto sem precisar de formalidade... era só se entregar, e deixar Deus guiar!

- TH.Machuca

MISS U

Sinto tanta saudade que pareci explodir em mim um desejo de VOCÊ,

 que cresce como se fossem sair pelos meus poros!

-TH.Machuca

18 junho 2013

Novamente




Tem livro que eu leria de novo, só para sentir novamente aquela sensação única de viver algo que não estou vivendo.

Tem filme que eu assistiria de novo, só pra sentir novamente aquilo que fora da tela não existe.

Tem você que eu viveria de novo, todos os dias, só pra acorda com aquela sensação de “Ele me conquistou!”. 

- TH.Machuca

17 março 2013




“ E me perguntaram por que tudo é tão intenso com você?
e eu respondi:
Como não haveria de ser? Eu amo tanto a vida, acho tão incrível viver,
 ter a chance de fazer minhas próprias escolhas todos os dias. 
È como viver uma grande poesia...e meu bem, quem não aprecia uma boa poesia, não aprecia a vida!!”

- TH.Machuca

“Let it be!!” – B.

De mais - demasiadamente






"Talvez o problema seja que eu espero de mais das pessoas, 
sou seletiva de mais e desejo qualidades de mais. 
Talvez o problema seja minha exigência mesmo.
 Ou não, o mundo que anda desinteressante de mais ultimamente."

- TH.Machuca



"Como é bom pode escrever novamente sem aqueles olhos prontos para julgar as entre linhas!! 
Agora, estou com uma sensação de liberdade."

- TH.Machuca.

26 setembro 2012


Só o jeito que ele falava já me fascinava por completa.


A perna tremia, o coração palpitava, eu sabia... Era Amor!


- Th. Machuca

22 março 2012

Conto


O EQUÍVOCO
Em uma noite chuvosa, uma mulher saindo de seu serviço voltava para sua casa. A chuva era torrente e violenta, quase não se enxergava pelo pára-brisa de seu carro. No caminho de volta deparou-se com uma rua completamente alagada. A mulher que sempre pegava aquele caminho preferiu arriscar-se pela rua, já que fazer outro caminho iria lhe levar muitíssimo tempo, e ela estava com muita pressa, pois seu marido já deveria estar a esperando há horas. Seguiu rua adentro, e importunamente acabou atolando o carro, as águas da rua começaram a adentrar o veículo, a mulher desesperada não avistou ninguém na rua que pudesse ajudá-la, pegou o celular para pedir ajuda e ligar para o marido, mas seu celular estava sem sinal, horas incessante de tentativa de chamar socorro fez com que a bateria de seu celular acabace. A mulher tomada por desespero, por aquela escuridão da rua, raios e trovões da tempestade, decide arriscar-se nas águas em busca de ajuda, pegou sua bolsa e partiu.
Caminhando pela águas ao longo da rua começa a avistar um ônibus, vindo em sua direção, eufórica começa a chamar pelo ônibus, para que parasse e a ajudasse. O motorista para, abre as portas, e a deixa entrar. O ônibus tinha um aspecto escuro, quase que nebuloso, um cheiro hospitalar desagradável. A mulher explica sua situação ao motorista que disse que poderia ajudá-la, ele estava levando senhoras a um manicômio, e na instituição haveria um telefone o qual ela poderia usar para pedir ajuda, ela deveria pedir que a enfermeira que estava no fundo do ônibus, que a levasse ao telefone da instituição. A mulher então aceita e seguiu viagem com o ônibus.
Ao caminhar para dentro do veículo a mulher se depara com uma cena um tanto desagradável, senhoras dopadas, babando e balbuciando coisas incompreensíveis, e no fundo do ônibus uma enfermeira de expressão nada simpática adormecida no banco. A mulher senta se na parte da frente do ônibus, segui apreensiva a viagem, mas como tomou mais tempo que poderia perceber, adormeceu sentada.
Quando o ônibus adentrava o terreno da instituição a mulher acordou e logo se preocupou, o lugar era sombrio e o clima parecia ter esfriado mais, fazendo dando-lhe dar calafrios. A instituição tinha aparência de um velho prédio abandonado, esquecido e maltratado pelo tempo.
A chuva havia cessado, ficava apenas o ar úmido e gélido em volta. Ao descer do ônibus esquecera sua bolsa, foi logo falar com a enfermeira, que estava ainda sonolenta. Explicou toda sua situação a ela e a enfermeira que não demonstrava nenhuma expressão em seu rosto, disse lhe para esperar em uma sala por um momento que ela iria ajudá-la a resolver seu problema. A enfermeira volta com dois homens todos de branco, os homens se aproximam e começam a segurar a moça, dizendo que tudo acabará bem, que ela não precisa se preocupar. A mulher muito assustada diz para solta-la e começa a se debater e gritar, a enfermeira demonstrando uma impaciência diz para os homens trancá-la logo em seu quarto, pois estava muito cansada e não agüentava mais ouvir história de loucos.
Jogada a forças em um quarto todo branco, com uma porta de ferro que tinha uma janelinha bem pequena de vidro, uma cama, chinelos brancos, criado mudo vazio e uma pia e uma privada que exalava um odor detestável. A mulher gritava, dizia que tinham se enganado, ela estava ali para pedir ajuda, que a soltassem imediatamente.
Passou horas gritando, até que exausta cair no chão e começou a chorar. Cansada, e transtornada em meio aos prantos adormeceu. Quando acordou estava na cama, com as roupas trocadas, calça e blusa branca, a porta estava aberta e logo ela tenta sair correndo para fora do quarto. Mas ao colocar se de pé, dois passos dados, caiu no chão, sua visão ficou turva, sua cabeça ficou tonta, suas pernas estavam moles. Parecia que seu corpo havia amortecido por inteiro, imaginou que enquanto adormecia deveriam ter lhe dado algum tipo de medicamento. Então cambaleando, segurando-se as paredes ela sai do quarto. Passa por um amplo corredor todo bege, as corres claras pareciam fazer seus olhos arderem. O corredor dava a uma sala, havia um número pequeno mulheres ali, algumas entorpecidas, uma gorda de cabelo crespo e curto gritando, uma mulher magra e loira cantando, outras encolhidas, outra segurando uma boneca e uma moça fumando sentada em frente à TV de boa aparência. Mas nenhum enfermeiro ou alguém que supostamente poderia a ajudá-la a sair dali.


Ao entrar na sala a moça que estava fumando, que se chamava Aline, logo se colocou de pé, virou-se para a mulher e disse que estava morrendo de saudade, chamando-a de Helena, deu um pulo e foi até o encontro dela e a abraçou muito forte. Perguntou onde ela tinha ido dessa vez, e se havia encontrado o circo.
A mulher realmente se chamava Helena. Mas não sabia o  que aquela mulher doida estava falando, a empurrou para longe de si dizendo que não a conhecia e para não se aproximar dela. Aline sem entender a olhou da cabeça aos pés e disse a Helena que dessa vez o chá que ela havia tomado era dos bons mesmo e caiu na gargalhada, fazendo com que todas as mulheres ali presentes gargalhassem junto com ela.
Helena começou a voltar para o quarto já que estava apavorada, perguntando com havia se metido naquilo, mas Aline sai correndo, abraçando-a por trás dizendo num tom de voz ameaçador sussurrando em seu ouvido. “E você acha mesmo que vai sair assim? E volta sem ser punida Helena? Acha mesmo que vou permitir? Você me deixou aqui para apodrecer com esses vermes e baratas, nós havíamos prometido ir juntas e você deixou que me pegassem Helena! Sabe o que eles fizeram comigo? Choque Helena, Choque! Choque! Choque na minha cabeça!” Ao fim Aline gritava a palavra choque soltando se de Helena e pondo se a frente dela batendo sua mão na cabeça. Helena começou a gritar que não a conhecia que queria ficar em paz, para não tocar mais nela, tentava se esquivar de Aline que ficava a sua frente impedindo-a que voltasse para o quarto sussurrando com um riso de canto de boca bem malicioso “ah conheci sim Helena, você me conheci melhor que seus sonhos, melhor que a si própria, melhor que tua própria sombra!”. Até que Aline a deixa entrar no quarto.
Helena estava muito transtornada, estressada, desesperada sem entender nada. Ao voltar para o quarto percebe que tem uma abertura na parede perto da cama, onde havia um prato de refeição, de aspecto viscoso e amarelado. Mas ela estava faminta, quase passando mal de tanta fome. Decide-se comer, para que recuperasse as força e pensasse em como sair dali.
Quando estava terminando de comer, Aline para na porta e diz a Helena: “você voltou idiota mesmo  Helena, que droga te deram dessa vez? Por que você comeu essa merda? Está cheia de remédio, daqui a alguns minutos você vai ta doidona mulher!” E começa a gargalhar aproximando de Helena e sentando se na cama ao lado dela.
Helena para de comer o restante da comida, mas já era tarde, sentia sua perna amortecer, as pontas dos dedos formigando e sua cabeça parecia flutuar. Aline olhou pra ela, colocou a ponta de seu dedo no nariz de Helena e disse: “Para de acreditar no mundo lá fora, nós nunca vamos conseguir sair daqui, eles sempre nos acham, você vai morrer aqui, todos nós vamos. Ou você acha que o mundo lá fora não teria notado com o que fazem com a gente aqui dentro? Helena, daqui a alguns meses não restaram mais nenhuma de nós, a cada dia tem menos uma aqui dentro, então para de dar bobeira!”
Helena olha pra mulher e disse gritando: “Aline eu não te conheço, some de perto de mim, eu estou aqui por engano, foi um equivoco um desastre, some!”. Aline Sorri, chega com o rosto bem perto de Helena e diz: “ não me conhece Helena? Tem certeza? Por que eu não lhe disse meu nome...”.
Helena fica confusa, percebe-se que é verdade, e olha para sua mão, e vê que não tem sinal de aliança, começa a tentar a se lembrar como chegara ali, mas as lembranças começam a falhar, e memórias novas começam a chegar a sua mente, lembranças dela fugindo do ônibus, e que ela sempre esteve dentro do ônibus. E ela grita sem parar, grita até que Aline da um “ chacoalhão”  em Helena e diz: “ Agora amiga, eu sei que você voltou, precisamos fazer isso juntas, temos que encontrar o circo, vamos dar o fora daqui juntas, porque você sabe que sozinha você não é ninguém. O mundo lá fora te deixa meio doida ás vezes Helena.”
Nesse momento Helena paralisa seu olhar, e com uma expressão apática Diz: “ Aline, faça suas malas, Porque eu descobri onde o circo está, mas antes precisamos ir buscar o carro que está parado numa rua longe daqui atolado!”.




- Th.Machuca

18 março 2012

Amor Verdadeiro


È assim, quando estou com ele, eu sinto um fôlego diferente. Sinto um conforto de intimidade sem outro igual.
Sabe quando viajamos por dias e dias? Então...
Viajar é maravilhoso, mas quando voltamos e chegamos em casa, sentimos aquela sensação enorme de bem estar, uma sensação segura de estar em território que te pertence.
Bom, com ele é como se sempre estivesse chegando de viagem. Como se estivesse segura e salva, em pleno conforto do meu lar. Ele é meu lar.
Ele é o ombro que me faltava em momentos de agonia. È minha alegria de dias ociosos, a força que faz o amor se sustentar. Ele é meu amigo, minha preguiça de um domingo a tarde, meu lindo , meu tudo.
Ele é minha melhor parte, minha vontade de ser sempre boa, digna e grande. Como o sol que se faz presente todos os dias, mesmo que não o vejam, o nosso amor se faz presente todos os dias. Quando é verdadeiro o recíproco se faz presente em todos os momentos.
Amo dessa forma meio brega que o amor é, piegas ou careta. Sem medo, Amo-o de todo coração.

Quando acordo, antes de abrir os olhos, sussurro nos ouvidos do Senhor : “ Senhor meu, cuida dele por mim  ok? Cuida dele que já estará cuidando de mim!”.
Antes de ser sua e você ser meu, somos  Dele, só um amor escolhido por Ele fortificará e em Deus prosperará!
Obrigado Senhor, por me dar mostrar um verdadeiro amor!

- TH.Machuca





10 março 2012


Sutilmente eu te reparo, te sinto e te amo.
Gentilmente eu te afago, te quero, te beijo.
Rapidamente eu sei, eu escolho, eu creio.

Você é o melhor que Deus escolheu para mim!!

- Th.Machuca

“ Meu Deus... è esse, é ele a minha vida!”


Eu sinto que não é limitado, que é algo grande de mais para existir e acabar na primeira falha. Que talvez seja como uma fênix, quando morre renasce das cinzas, sendo assim eterno.
Eu sinto que todas as vezes que renasce em meu peito é incondicional. E cada vez que surgi na vida será diferente, será maior, mais sincero e digno. E toda vez que ressurgir esse sentimento será com a intenção do eterno.
Esse sentimento é o único que morre e nasce quantas vezes forem necessárias, e todas às vezes você vai desejar que seja a ultima vez.
Mas vai existir um momento que você perceberá, vai sentir diferente de todas as outras, vai sentir que mudou você. E que você não é mais o mesmo de antes. Que intensificou, e faz teu peito queimar de jeito que não queimava antes. É o mesmo sentimento de todas as outras vezes, mas dessa vez é o último e o primeiro.
Ai se prepare, pois esse sentimento não vai mais morrer, não vai mais precisar renascer das cinzas, que chegou a tua hora. De sentir pra sempre...
Amor!
E você vai sabe que o ama assim fácil, sem saber explicar ao certo, só sabendo...
 Pois quando ele te abraça você pensa “ Meu Deus... è esse, é ele a minha vida!”

- TH.Machuca


NÃO ACOMODAR COM O QUE INCOMODA!


O lema da humanidade deveria ser:
NÃO ACOMODAR COM O QUE INCOMODA!

Existem coisas que não precisa ter uma “certa idade” para descobrir. De uma coisa eu sei, não existe sofrimento eterno, sabe aquele velho ditado “tudo passa”? Pois bem, ele é verdadeiro. As pessoas precisam apreender a lidar com suas perdas e falhas, a perceber que o mundo gira mesmo quando ela para, e que o mundo não fará nada para melhorar sua situação, a não ser ela mesma!
Não estou dizendo que é fácil, a vida por si própria não é fácil, por muitas vezes passamos a mão na cabeça das pessoas, ou desviamos caminho para que ela não sofra mais. A vida é dura, e fazer isso é como engaiolar alguém, tirar suas experiências de vida, e não prepará-la para o mundo. Tenha consciência sofrer também é viver, nós aprendemos com a dor, as dificuldades.
Pare de achar que você é o único que sofre e que você não vai suportar tanta dor assim. Pois vai, e quando superar talvez nem se lembre mais de quanto sofreu. Nenhuma dor é eterna, existem aquelas que você nunca vai esquecer isso é fato, mas não quer dizer que necessariamente precisa senti-la fisgar em teu peito.
Seja forte! Todos precisam ser forte num mundo de hoje que não para olhar quem está caído no chão. Você é o único que pode definir seu emocional, sua vida! Só nós mesmo que mudamos nossos propósitos, escolhas e rumo! Ser fraco e dependente é fácil, mas a vitória só vem para aquele que lutar por si, que acredita e persiste.
Nenhuma dor é eterna! Ela vai passar, mesmo que você a sinta queimar e o faça sentir que nunca mais vai passar... Meu amado acredite quando eu digo... Nenhuma dor é eterna, só é eterna se você a quiser assim!

A vida se desperta todos os dias, o sol clareia todos os dias, mesmo quando você vê o céu nublado, Deus olha para você mesmo quando você não crê nele.
Abra os olhos e veja: Você é quem faz as escolhas!

- TH.Machuca

12 janeiro 2012



Não se acostume com o que não o faz feliz, revolte-se quando julgar necessário. 
Alague seu coração de esperanças, mas não deixe que ele se afogue nelas. 
Se achar que precisa voltar, volte! 
Se perceber que precisa seguir, siga! 
Se estiver tudo errado, comece novamente. 
Se estiver tudo certo, continue.
Se sentir saudades, mate-a. 
Se perder um amor, não se perca! 
Se o achar, segure-o!

Fernando Pessoa

Everything - Lifehouse




Find me here,
And speak to me
I want to feel you
I need to hear you
You are the light
That's leading me to the place
Where I'll find peace... Again

You are the strength
That keeps me walking
You are the hope
That keeps me trusting
You are the life
To my soul
You are my purpose
You're everything

And how can I stand here with you
And not be moved by you?
Would you tell me how could it be any better than this?

You calm the storms
And you give me rest
You hold me in your hands
You won't let me fall
You steal my heart
And you take my breath away
Would you take me in
Take me deeper, now

And how can I stand here with you
And not be moved by you
Would you tell me how could it be any better than this

And how can I stand here with you
And not be moved by you
Would you tell me how could it be any better than this

Cause you're all I want
You're all I need
You're everything, everything
You're all I want
You're all I need
You're everything, everything
You're all I want
You're all I need
You're everything, everything
You're all I want
You're all I need
Everything, everything

And how can I stand here with you
And not be moved by you
Would you tell me how could it be any better than this

And how can I stand here with you
And not be moved by you
Would you tell me how could it be any better any better than this

And how can I stand here with you
And not be moved by you
Would you tell me how could it be any better than this
Would you tell me how could it be any better than this

05 janeiro 2012

Erga-se



Quando o amor não estiver mais presente. 
Não se preocupe ainda existe poesia para inventar.
Não se esqueça quando você escreve, você pode ser quem você quiser, como quiser.
Feche os olhos pequena menina, e imagine o mundo como você quer daqui pra frente.
Faça sua vida uma poesia vivida.
Agora ERGA-SE! Aproveite a vida!
Porque...
" O tempo não para, não para! - Cazuza"

- TH.Machuca

03 janeiro 2012


A chuva estava caindo só pra limpar as migalhas de 2011 que ainda estão no ar.
Não se preocupe... O melhor ainda está por vir...

Já estou vendo o sol sair!

29 dezembro 2011

Miguel Umbrella - Parte 2



MIGUEL UMBRELLA 






Parte 1 no link abaixo:


http://procurandocupacao.blogspot.com/2011/10/miguel-umbrella.html
Parte 2


Agora a chuva era fina, constante, duraria a noite toda.



Miguel não havia pensado em um lugar exatamente, ele só queria sair da chuva e tentar ao máximo conhecer essa jovem. Enquanto andavam um do lado do outro, de guarda chuva, Miguel pensou em um lugar que a distrairia, ficariam secos e pudessem conversar.


Miguel tinha amizade com alguns vizinhos de seu bairro, Sr.Robens era um senhor rabugento que gostava de contar suas aventuras com mulheres de quando era jovem, ele morava sozinho, uma casa pequena com um grande quintal coberto, tinha um Labrador bege, fêmea, se chamava Linsi, e a cadela tinha acabo de ter filhotes.

O velho vizinho dormia como pedra, Miguel sabia que poderia ficar ali escondido da chuva em seu quintal que ele não acordaria, e usaria a desculpa dos filhotes com a garota, afim quem não gosta de filhotes não mesmo?

Chegando à casa do Sr. Rubens os portões enferrujados e tortos, Miguel balançou um pouco, chacoalhou e adentrou o quintal fazendo um movimento com as mãos como um cavalheiro. Helena sorriu de canto cm a boca com o movimento de Miguel e entrou.
Meio ao silêncio Miguel ia observando-a, não fazia idéia do que ela estava pensando.Que tipo de mulher aceita sair caminhando com um desconhecido do nada. Mas ela era incrivelmente bonita, e ele só queria se aproximar dela.
Helena logo viu o labrador, com a coleira escrito Linsi, a cadela balançava o rabo e dava cutucões com o focinho nela.
- Oi Linsi, prazer em ti conhecer menina... Olha só você tem bebês ali dentro. – Helena conversava com o cão fazendo carinho em seu pêlo.

Miguel ficou impressionado como aquele cão foi simpático com ela. Ele levara meses para poder passar a mão na cabeça de Linsi. Chegou até a jogar um olhar incrédulo para o cachorro, mas acabou vendo como o sorriso de Helena era lindo.
Ele riu um pouco chamou Helena para sentar à frente da casinha de Linsi.
Ao sentarem seis filhotes começaram a sair da casinha e foram para cima dos dois, brincando e mordiscando eles. Naquele momento Miguel viu que foi uma ótima idéia aquela dos filhotes.
Helena estava encantada com os filhotes, brincaram um pouco ali com ela, pulando e lambendo-a, mas por fim, após alguns minutos cansaram, alguns foram dormi com Linsi, outros no colo de Miguel e dois no colo de Helena.

Helena que acariciava gentilmente a cabeça do filhote olhou para Miguel e disse:
- Eu te conheço, você é dono daquela Cafeteria no centro não é? – Disse Helena com um sorriso suave de canto da boca.
- Sim, mas nunca te vi entrando lá. – Diz um pouco surpreso dela saber quem ele é.
Miguel tinha 24 anos e já tinha seu próprio negócio. Até hoje não sabia ao certo como seu negócio tem sido um sucesso, teve uma idéia em meio de uma piada com velhos amigos e “vualá”, lá estava ele, 24 anos e bem feito na vida profissional.
- Eu nunca entrei lá, mas sempre que vou trabalhar passo em frente e te vejo entrando ás vezes. – Disse Helena pensando se devia ter dito que já havia reparado nele antes, sentiu suas bochechas corando.
Miguel pensou rapidamente como nunca havia visto-a antes, ele perceberia com a beleza dela passar na mesma calçada, mas provavelmente deveria estar distraído.

Fez se um silêncio, no inicio constrangedor para Miguel, que ficava pensando sem parar o que devia falar para ela, ele não queria parecer um idiota conquistador barato, queria que ela o achasse esperto.

Helena era uma mulher de 22 anos, independente trabalhava como vendedora de uma loja de grife, era formada em Letras e queria muito ser professora. Odiava seu emprego, mas pagava o aluguel, o carro, não podia reclamar, ela era boa naquilo, por enquanto continuaria lá.
Agora sentada ali, ouvindo a leve chuva caindo, sentindo o coração do filhote bater em suas pernas se perguntava por que estava ali. Na verdade não estava em um bom dia, ou semana, não sabia ao certo a quanto tempo não estava bem.
Mas naquele momento olhou para Miguel, que estava acendendo seu cigarro, parecia um galã de cinema, movimentos precisos, mais parecia estar posando do que fumando. E ela pensou “talvez ele seja interessante”.

E a noite começou...

[CONTINUA]


"Um brinde à mim, que já passei por tanta merda e continuo aqui, de pé."


Tati Bernardi
Sem sol. Sem nuvens cinza. Só o céu vazio lá fora.